LAUDELINA VIVE
Fortalecendo as Trabalhadoras Domésticas da Baixada Santista
LAUDELINA VIVE

PROJETO APOIADO pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos, iniciativa do Labora – Fundo de Apoio ao Trabalho Digno


Projeto apoiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos, iniciativa do Labora Fundo de Apoio ao Trabalho Digno
OBJETIVO
A iniciativa Fortalecendo as Trabalhadoras Domésticas da Baixada Santista tem como propósito apoiar a organização da categoria rumo à criação de um sindicato próprio.
O projeto busca:
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Garantir a formalização do trabalho doméstico;
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Ampliar a proteção social e previdenciária das trabalhadoras;
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Reconhecer a Economia do Cuidado como eixo estratégico de mobilização, valorização e transformação social.
ATIVIDADES
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Mobilização e escuta ativa das trabalhadoras domésticas, fortalecendo sua voz e participação;
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Reuniões presenciais para troca de experiências e construção coletiva;
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Formações práticas sobre direitos trabalhistas e organização sindical;
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Estabelecimento de parcerias com redes de apoio;
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Produção de material educativo voltado à categoria.
ABRANGÊNCIA
As ações acontecem nas nove cidades da Baixada Santista: Bertioga, Guarujá, Santos, Cubatão, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.
REALIZAÇÃO
O projeto é idealizado e realizado pelo Coletivo de Trabalhadoras da Baixada Santista, formado por mulheres atuantes em diversas áreas e com forte presença no movimento social. Juntas, elas se mobilizam para fortalecer os direitos das trabalhadoras domésticas, atuando de forma autônoma, horizontal, diversa e colaborativa.


Praia Grande
1º Encontro, no bairro Esmeralda, em 20/07/25
Foi marcado pela escuta, pela troca de experiências e pela construção de um espaço leve e acolhedor. As participantes compartilharam histórias, fortaleceram vínculos e reafirmaram a importância da luta coletiva das trabalhadoras domésticas. Nosso agradecimento à professora Vera Oliveira pela recepção generosa e pelo apoio fundamental.
São Vicente
2º Encontro, no Jardim Rio Branco, em 24/08/25
Uma tarde potente de troca, escuta e fortalecimento. Agradecemos de coração a Analice Oliveira e Vitória Tainá, que nos acolheram com carinho e abriram espaço para a construção coletiva da nossa organização.

Cubatão
4º Encontro, no Bolsão 8, em 14/09/25
Mais de 30 mulheres reunidas para dialogar, trocar experiências e fortalecer a luta coletiva. O agradecimento especial vai para a companheira Joelma Oliveira, liderança do bairro e grande parceira na mobilização local, que ajudou a tornar esse encontro possível.


Santos
3º Encontro, na Vila Gilda, em 31/08/25
Apesar do incêndio que atingiu novamente a Zona Noroeste, realizamos com força e coragem o terceiro encontro, discutindo estratégias e possibilidades para sonhar e seguir em frente. Nosso agradecimento à Lucelia Siqueira.

Guarujá
5º Encontro, na bairro Santo Antônio, em 12/10/25
No dia 12 de outubro, também aniversário de Laudelina, celebramos com mais um encontro potente, que contou com formação e exibição de documentário do Museu da Cidade e MIS de Campinas. Nossos agradecimentos à Casa de Dandara pela parceria.
ENCONTROS
Dinâmicas, roda de conversa, exibição de documentário, informação e agrupamento
PARA PARTICIPAR, É SÓ SE CADASTRAR

dom., 24 de ago.São Vicente

Monguagá
6º Encontro, no Jardim Leonor, em 18/10/25
A organização da classe trabalhadora é o caminho para conquistar dignidade, reconhecimento e igualdade. Viva a luta das trabalhadoras e dos trabalhadores! Agradecimento especial à Professora Bombom e ao Grupo de Capoeira Shekinah pela acolhida e parceria constante.
Itanhaém
7º Encontro, no bairro Gaivotas, em 26/10/25
Realizado em uma cidade de veraneio, o encontro nos fez refletir sobre como as especificidades de cada município enriquecem o aprendizado coletivo que o projeto vem construindo. Nosso agradecimento especial à Elizabete Regina, pela acolhida e parceria que ajudaram a tornar esse momento possível.

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Bertioga
8º Encontro, na Chácara Vista Linda, em 26/11/25
Uma noite cheia de acolhimento, troca de experiências e construção coletiva. Cada fala, cada escuta e cada presença reforçou a importância da organização das trabalhadoras domésticas na luta por direitos, dignidade e reconhecimento. Agradecemos a participação de Thays Emidio e ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bertioga.
Peruíbe
9º Encontro, no Jardim Veneza, em 06/12/25
Após meses percorrendo cada cidade da região, ouvindo histórias, criando vínculos, formando grupos e ampliando a voz das trabalhadoras, fecharemos esse ciclo em parceria com a União de Mulheres Produtoras da Economia Solidária, com muita força e esperança.

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QUEM FOI LAUDELINA?
Laudelina de Campos Melo, ou DONA NINA, foi uma mulher gigante. Em 1936, na cidade de Santos, ela criou o primeiro sindicato das trabalhadoras domésticas no país. Foi uma atitude corajosa que mudou os rumos da história dos direitos trabalhistas do Brasil.
Ela organizava, ensinava, enfrentava e transformava. E, publicamente dizia:
“Empregada não é de confiança, é de luta.”
Enquanto muitas patroas queriam silêncio, Laudelina falava alto, trazia voz, organização e direitos.
Ensinava outras mulheres a se defender, a conhecer seus direitos e a se valorizar. Por tudo isso, ficou conhecida como O TERROR DAS PATROAS — não por brigar, mas por mostrar que servir não é destino de ninguém.
1
ELA Fundou um conservatório popular
Com foco em formação musical de crianças negras.
2
Criou o primeiro sindicato das trabalhadoras domésticas do Brasil
Isso aconteceu em Santos, 1936. Foi o começo da luta organizada por direitos como carteira assinada, previdência e salário justo.
3
Fundou outras associações e sindicatos
Ela ajudou a espalhar a luta por todo o país.
4
Abriu uma escola de balé clássico para meninas negras
Na época, escolas de dança não aceitavam alunas pretas. Laudelina fez diferente: criou espaço, criou beleza, em Campinas.
5
INFELIZMENTE, TAMBÉM Foi VÍTIMA Da ditadura militar
Ela lutava pelos direitos humanos e por isso foi presa. Depois de liberta, Laudelina voltou à luta e reabriu o sindicato que havia fundado, além de atuar em outros sindicatos e universidades, dando palestras e oficinas sobre direitos, cidadania e organização popular.
6
Criou o Baile Pérola Negra
Um verdadeiro espaço de autoestima e valorização da juventude negra. Foi lá que aconteceu o primeiro concurso de beleza negra do Brasil, em Campinas.
7
recebeu homenagem póstuma como Cavaleira da Ordem do Mérito do Trabalho
Essa condecoração é uma das mais importantes do país na área trabalhista, e foi concedida em reconhecimento à sua luta histórica pelos direitos das trabalhadoras domésticas.
8
teve seu nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
Ao lado de Zumbi dos Palmares, Antonieta de Barros e Luiza Mahin.

Este projeto é apoiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos, por meio do edital "Fortalecendo Trabalhadores Informais na Luta por Direitos 2025, iniciativa do Labora – Fundo de Apoio ao Trabalho Digno.



